Imagine que, após um dia cheio, você finalmente tem um tempo para si.
Você se acomoda, liga o videogame e se depara com algo surpreendente: seu novo jogo, que deveria ser uma fuga da realidade, parece mais um comício político.
Estaria o mundo dos games perdendo sua essência principal, a diversão? Este vídeo vai desvendar por que a política invadiu os jogos e o que isso significa para nós, os gamers.
Fala seus teta murcha, aqui é o Joe Moretti e hoje você vai descobrir um dos motivos de você não se interessar mais em jogar videogame.
Eu vou tratar uma questão bastante controversa: é possível desvincular a política dos jogos? E se não for, por que isso acontece?
Então, assiste aí o vídeo pra ficar menos burro.
E já vou começar com uma pedrada: o mundo tá dividido entre esquerda e direita. É difícil jogar ou assistir a algo sem que políticas sejam forçadas goela abaixo como verdades absolutas.
Antigamente, a gente podia aproveitar nossos hobbies favoritos sem uma interferência tão explícita.
Mas agora, parece que as empresas são tão aficionadas politicamente que se preocupam mais com esse quesito do que com gráficos ou jogabilidade.
Pra mim, “The Last of Us 2”, aclamado pela indústria moderna como um dos melhores jogos de todos os tempos, é um bom exemplo do assunto desse vídeo.
Para servir de palanque ideológico, ele descarta personagens amados em favor de novos que marcam certos critérios identitários.
Na minha opinião, Neil Druckmann achou que o Joel tinha que morrer para que a Ellie tivesse um bom motivo para correr atrás de vingança.
O problema disso é que desde o final do primeiro jogo, ela o despreza por matar todo mundo no hospital e tê-la salvado.
O jogo nos dá a entender que ela queria morrer para salvar o mundo, mas Joel sabia que não era bem assim. Havia a possibilidade da morte dela ser em vão.
E isso torna o primeiro jogo tão especial. Ela começa como um fardo para o Joel, um homem com a alma destruída que havia perdido sua filha, e depois, ela se torna alguém que ele quer cuidar e vice-versa.
O roteiro do The Last of Us 2 é bem preguiçoso, pois mostra o Joel e o Tommy fazendo tudo aquilo que ensinaram a Ellie a não fazer.
E o que isso resultou? Uma morte brutal desnecessária para o amado protagonista do primeiro jogo para que os holofotes fossem todos para a protagonista que não gosta de preconceituiches…
Basicamente a Naughty Dog queria mostrar que ações tem consequências, mas fizeram isso da maneira mais estúpida possível.
Apesar de tudo isso ser péssimo, o final do jogo é maravilhosamente ruim.
A Ellie larga a namorada e a filha adotiva para buscar vingança e quando finalmente pode dar o golpe final e vingar o Joel, o que ela faz?
Perdoa a assassina que o Neil Druckmann OBRIGA você a ter empatia com ela durante o jogo, querendo te mostrar que o bem e o mal são é só questão de perspectiva.
Mas gostar da Abby só funciona com burros…
A Warner Bros com “Hogwarts Legacy” é um caso de sucesso graças à comunidade que apenas quer se divertir, apesar de várias pessoas promovendo um boicote a J.K. Rowling por que ela expressou sua opinião sobre pessoas trans.
Mesmo com tudo isso, o jogo se tornou um sucesso de crítica e vendas, ultrapassando 12 milhões de cópias em duas semanas, o que mostra que ainda existem pessoas que apenas querem sentar a bunda no sofá e jogar para se divertir.
Agora vamos falar da nossa querida Ubisoft, que colaborou com a polícia do Reino Unido para combater discursos de ódio em jogos online, visando prevenir danos no mundo real.
Heroicos demais, hein? Eles dizem fazer isso para estar “do lado certo da história”.
Essa colaboração resultou em apenas 0,01% dos casos relatados necessitando investigação policial, isso porque a gente sabe que o problema vai além dos games, ele está em toda a internet.
Essa é a clássica jogada de marketing para sair como herói e tirar o foco da péssima qualidade dos jogos que eles produzem atualmente, como Assassin’s Creed Mirage e Avatar: Frontiers of Pandora.
E antes de concluir o pensamento sobre o assunto, gostaria de citar GTA 6. Depois de um trailer que é a cara da franquia, pessoas começaram a dizer que o jogo entra no âmbito woke.
Veja bem, tem gente insatisfeita com a própria vida, e quando isso acontece eles precisam colocar a culpa em alguma coisa.
Para algumas pessoas, ter uma protagonista mulher é sinal que a produtora do jogo quer ressaltar a força feminina, o que não tem problema nenhum desde que tenha uma boa história por trás.
Outro público se vê ofendido quando um jogo dá a opção de gênero na hora de criar um personagem, como em Starfield.
Essa opção não muda em nada no jogo, então por que as pessoas se incomodam? A resposta é simples: crença política.
Isso tudo que falei até agora nos leva a uma questão importante: a gente deve tentar despolitizar os jogos?
Pode parecer uma solução simples não reclamar ou ignorar os jogos que deveriam ser mais interessantes, como o Spider-Man 2, mas a realidade é que a política sempre fez parte dos jogos.
Se você analisar, “Metal Gear Solid” e “Red Dead Redemption 2” nos mostram que é possível abordar temas políticos e culturais profundamente, desenvolvimento de personagem e outros pontos importantes da obra sem comprometer a história e mantendo um bom storytelling.
E aqui, vou ser direto: tentar purificar os jogos de qualquer política é impossível e, sinceramente, nem seria tão bom assim.
A arte, incluindo os jogos, desafia, provoca e enriquece nossas vidas. Quando criadores acreditam que é seu dever moral usar a arte para pregar ou doutrinar, isso pode ser problemático.
No entanto, isso não significa que devemos evitar toda e qualquer representação política.
Portanto, na próxima vez que ouvir alguém pedindo para “tirar a política dos jogos”, lembre-se de que isso é mais complexo do que parece.
A verdadeira questão é como essas políticas são apresentadas e como nós, como comunidade, escolhemos responder a elas.
E espero que na próxima vez que alguém falar sobre isso com você, faça uma análise sem viés. Aborde os pontos importantes e pense antes de falar.